Sabino Calucango Caseno

Diretor Executivo da ALDA – Associação Luterana para o Desenvolvimento de Angola

Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, reitero, em meu nome e em nome da Associação Luterana para o Desenvolvimento de Angola (ALDA), o nosso firme compromisso com a promoção, proteção e defesa da dignidade humana, particularmente das comunidades mais vulneráveis de Angola.

Hoje, celebramos não apenas um marco global, mas também a coragem diária de tantos homens, mulheres e jovens que, mesmo em condições adversas, continuam a reivindicar justiça, igualdade e respeito pelos seus direitos fundamentais. Como defensor de direitos humanos, reafirmo que nenhum progresso é sustentável quando deixa alguém para trás.

A ALDA tem estado na linha de frente da defesa das comunidades afetadas pela seca severa nas regiões leste e sul de Angola, onde milhares de famílias enfrentam condições desumanas, perda de meios de subsistência, insegurança alimentar e profundas violações ao direito básico à vida digna. Essas comunidades merecem atenção, proteção e políticas públicas eficazes que garantam resiliência, acesso à água, alimentos e serviços essenciais.

Da mesma forma, levantamos a nossa voz em solidariedade com as comunidades que sofrem usurpação de terras por empresas da indústria extrativa, especialmente no setor dos diamantes e da exploração de madeira. A terra é vida, identidade, cultura e futuro. A violação desse direito ameaça a existência e a dignidade de famílias inteiras. Qualquer investimento que destrói comunidades e viola direitos humanos não é desenvolvimento — é injustiça.

Neste dia, lembramos que defender direitos humanos é um dever coletivo. Exige coragem, empatia e ação. Exige que as instituições, o Estado, as empresas, as igrejas e a sociedade civil atuem para proteger os mais frágeis e responsabilizar quem viola princípios fundamentais.

Como ALDA, continuaremos a:

• Promover o empoderamento comunitário;

• Fortalecer a resiliência de famílias afetadas pela seca;

• Monitorar e denunciar violações de direitos humanos;

• Apoiar a justiça social, a boa governação e a gestão responsável dos recursos naturais;

• Trabalhar com parceiros nacionais e internacionais para garantir que nenhuma voz seja silenciada.

O Dia dos Direitos Humanos não é apenas um lembrete — é um chamado. Um chamado para ação, para solidariedade e para o compromisso com um Angola onde cada pessoa tenha o direito de viver com dignidade, segurança e esperança.

Que este dia inspire todos nós a renovar o compromisso com a justiça, a paz e os direitos humanos, hoje e sempre.

Sabino Calucango Caseno

Defensor de Direitos Humanos

Diretor Executivo – Associação Luterana para o Desenvolvimento de Angola (ALDA)

Bernardo Sacuendi